Sobre pessoas e coisas I
Num dia lá de 2004, eu acho, não sou muito boa com datas, olhei nos olhos de uma pessoa pela primeira vez. Posso dizer que olhei nos olhos sem ser isso força de expressão, por que o que eu realmente olhei foram os olhos.
E o menino não usava lápis de olho. E não era gay, como minha amigas insistiam em dizer (rsss).
É, nesse ano e no seguinte posso dizer que fomos os responsáveis pelo caos na cidade de Florianópolis. Caos, como a RBS TV constuma chamar. A coisa mais legal e politicamente significativa desde 1980, é o que eu diria.
Mas, aí, a gente acabou voando e não voltou pro mesmo, ou pros mesmos lugares de antes. Nem o caos voltou a ser como era, nem os apitos soaram tão alto como em junho/julho de 2005.
Cabelos foram cortados, coloridos. E coloridos não só os cabelos como toda a cidade de Florianópolis. E tudo.
Num dia lá de 2004 a Kah disse que conhecia o menino. Tenor tímido, que caiu no monoduto. E talvez ainda me arranque algumas lágrimas. E por ter feito me perceber como alguém insensível, num dia de chuva e vento no corredor da sala de música (um armário?). E por ter entendido tudo sem problemas. Por ter sempre entendido tudo. E por te vindo me contar coisas que aconteceram, fazendo eu me sentir importante. E por ter tido a coragem que eu não tive de fazer o que eu sempre defendi. Acho que por tudo, ou por nada disso, seja tão importante pra mim. E talvez, por isso, eu me orgulhe tanto.
Pessoa responsável por parte importante do meu vocabulário (bem grande assim, ó), e que não conseguiu mudar a sílaba tônica do meu nome, ela já era a primeira sílaba.
Gostoso! Não tem definição melhor. Gostoso de cabelos compridos, roqueirinho com camiseta do guns. Gostoso de nariz de palhaço, com a camiseta do coral, com qualquer outra. Gostoso de cabelo curto, com moicano, de qualquer cor, até com aquelas trancinhas cor-de-rosa. Gostoso de all star preto e laranja de cano alto (igual o meu), ou de salto alto. De terno ou de boné de zebra (ou seja lá que bicho for). Gostoso de falar, de rir, de fazer bafão na pracinha.
Ou gostoso no sentido usual mesmo.
Em algum dia de 2006 eu vi um arco íris brilhar na pracinha do CEFET-SC. Alguns poderiam dizer que era coisa da minha cabeça. Mas eu tenho certeza que vi. Talvez reflexo de morfadores power rainbows. Talvez um tanto de esperança de que a gente pudesse mudar alguma coisa no mundo.
Acho que não perdi essa esperança, só venho mudando de foco...
Na verdade, acho até que conseguimos... um pouco... talvez.
Ainda quero te ver muito por aí. Gu-zum. O meu Gústavo (e nem ligo de ficarem com ciúmes).

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